1. ESCRITA DE NÚMEROS
Você descobre... O que os alunos sabem a respeito da numeração escrita,
quais as hipóteses deles a respeito das características do nosso sistema de
numeração
(que é
decimal, com valor posicional) e quais
números eles sabem grafar convencionalmente.
Atividade a ser proposta Ditado de números
Escolha no máximo dez números para ditar. É importante pensar em múltiplas
variáveis. Os especialistas recomendam que estejam presentes no ditado números
com várias quantidades
de
algarismos para verificar a dificuldade para os alunos. Confira um exemplo no
quadro abaixo.
A
ordem é importante, pois segue critérios que permitem que as crianças façam
relações entre eles.
Encaminhamento
Explique que todos farão um ditado diferente. Em vez
de escrever palavras, serão números. Conte que pretende descobrir o que cada um
sabe sobre os números, mas explique que não se trata de uma prova. A
investigação deve ser individual. Entregue uma folha pautada e peça que
escrevam um número abaixo do outro - a ordem ajuda a entender a escrita com mais
facilidade. É importante dizer que eles devem fazer o que julgam correto e que
não está em jogo errar ou acertar. Algumas crianças se sentem nervosas ou
envergonhadas por não saberem os números e tentam copiar. Se você vir isso,
registre. Terminada a atividade, chame o aluno e refaça o ditado. Com
orientação e apoio, ele pode ficar mais seguro. O ideal é não chamar a atenção
nem brigar em público para que não se gere mais desconforto ou medo desse tipo
de tarefa.
Antecipando o que eles podem pensar
Assim como ocorre na alfabetização, os alunos
desenvolvem hipóteses sobre a escrita de números. Pesquisas mostram que as
crianças não aprendem os números seguindo a ordem de um em um, mas
estabelecendo relações de diversos tipos para identificá-los e produzir as escritas.
Algumas hipóteses se aproximam do conhecimento formal, outras são criações que
têm uma lógica infantil própria, como se vê no quadro abaixo. Muitas vezes
misturam-se duas ou mais hipóteses ao escrever os números. Entender como os
alunos pensam faz a diferença.
Conhecem a escrita dos números redondos - 10, 20, 30, 40 etc.; 100, 200, 300, 400, 500 etc.;
1000, 2000, 3000, 4000 etc. -, mas não sabem os números que estão nos
intervalos entre esses redondos.
Estabelecem relações entre os números redondos e a
numeração falada. 201 (para 21),
51000 (para 5000), 34 (para 43), pois sabem que algo permanece e algo muda, mas
não sabem o quê.
Relacionam o "nome do número" com a forma de
escrevê-lo. Se o nome de um número é
quarenta e seis e o do outro é quarenta e três, a escrita desses dois números
deve começar com 4, pois falamos quarenta, que se parece com quatro. Se fosse
cinquenta, esses alunos usariam o 5. A escrita do vinte é mais difícil por ser
irregular - seu nome não estabelece relação com o número 2.
Exemplo de ditado (e por
que os números estão na lista)
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Exemplo de resposta (e como
entender a hipótese do aluno)
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5 É conhecido como "marco", pois é de
uso frequente (notas, moedas etc.).
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5 O aluno conhece alguns números "marco" e
os grafa corretamente.
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11 Pode ser chamado de número opaco, por não
deixar claro ao falar (onze) o princípio aditivo do sistema de numeração (dez
mais um).
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11 Embora seja um número opaco, é um número baixo e bastante
conhecido. A criança não encontra dificuldade para grafá-lo.
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86 Está num grupo que pode ser chamado de
transparente. Com a fala, é possível perceber quais são os algarismos que
formam o número.
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806 Para grafar o 86, usa a dezena inteira (80) e, na
sequência, a unidade (6), mostrando que se apoia na fala para construir o
número.
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90 Representa uma dezena cheia, mas é diferente
do 100.
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90 Ao acertar, o aluno mostra conhecer números
redondos.
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100 Outro "marco", de uso social
frequente, tem três algarismos.
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100 Como no exemplo acima, conhece números
redondos.
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150 Pode ser composto com outro já ditado (100),
o que ajuda a entender como os alunos articulam conhecimentos sobre os
"marcos" e possíveis números novos.
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10050 Apesar de conhecer os números redondos, o
aluno segue o mesmo padrão do que fez com o 86. Apoia-se na fala e escreve o
100 seguido do 50.
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555 Pode parecer fácil, por ter três algarismos
iguais. Mas algumas crianças, numa hipótese inicial da escrita numérica,
acham que repetir é errado.
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700505 Acha que repetir o mesmo número três vezes é
um erro. O sete pode estar sendo usado como curinga, de forma aleatória.
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6384 Os especialistas afirmam que pelo menos um
dos números ditados nessa atividade deve ser composto de quatro algarismos
diferentes, já que a escrita desse tipo apresenta um grau maior de
complexidade para a grande maioria dos estudantes nas séries iniciais.
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61000700804 A criança vai fundo no aspecto multiplicativo
da numeração falada. Escreve seis (6) mil (1000) trezentos (700) e oitenta
(80) e quatro (4). O sete aparece de novo, o que pode confirmar a hipótese do
número curinga.
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2010 É um número familiar, que representa o ano
corrente (informação que as crianças reconhecem, pois escrevem as datas no
caderno).
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2010 O aluno mostra conhecer o número por ser o do
ano corrente, mas (como se vê abaixo) não associa informações para escrever
2017.
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2017 Permite comparar a escrita de um número
possivelmente novo para a criança com outro conhecido (no caso, o 2010).
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2100017 Mais uma vez, o aluno usa a fala e escreve
conforme ouve o ditado: dois (2) mil (1000) e dezessete (17).
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http://revistaescola.abril.com.br/matematica/pratica-pedagogica/diagnostico-incial-o-que-eles-ja-sabem-528156.shtml?page=1
HIPÓTESE
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O QUE SABE O APRENDIZ
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O QUE PRECISA SABER
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O QUE PROPOR
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1.
Mistura números e letras.
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-
Sabe que é possível registrar as quantidades.
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-
Diferenciar números de letras e outros caracteres;
-
Conhecer a utilização adequada dos números e letras;
-
Saber a grafia dos números e compreender as diferentes funções dos números
(ordenar, quantificar, medir e codificar)
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-Pesquisar
escritas numéricas em diferentes suportes que circulam socialmente.
-Realizar
simulações com uso dos números em diferentes contextos.
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2.
Produz a escrita numérica com algarismos aleatórios.
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-
Diferencia números e letras;
-
Conhece a grafia dos algarismos, mas não faz a correspondência com a
designação oral dos mesmos.
|
-
Representar quantidades utilizando algarismos correspondentes;
- Reconhecer
na tabela seqüências numéricas,
considerando seu repertório numérico.
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-Produção
de escrita numérica em agendas telefônica, calendários, fitas métricas etc;
-Realizar
leituras numéricas de paginas dos livros
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3.
Identifica alguns dígitos que correspondem à numeração falada.
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-
Realiza a designação oral de
seqüências numéricas e começa a fazer correspondência com as mesmas na escrita.
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-Registrar
seqüências numéricas.
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-Produzir
escritas numéricas com números móveis, com a calculadora etc;
-Realizar
jogos para comparação de escritas numéricas. Ex: Batalha.
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4. Produz a escrita numérica apoiada na numeração falada, mas não faz
controle de uso dos zeros.
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-Faz a designação oral dos redondos com propriedade, mas não faz a
correspondência por escrito.
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Precisa conhecer a escrita convencional dos redondos.
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-Realizar
atividades com quadros numéricos para o trabalho com as regularidades
-Realizar
contagens e escritas em escalas ascendente e descendente com os redondos.
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5.
Escreve os redondos convencionalmente
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-Produz
a escrita convencional dos redondos com propriedades.
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-Reconhecer
as regularidades na produção de números situados em intervalos entre os
redondos.
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-Investigar
escritas numéricas nos intervalos entre os redondos em tabelas, tabuleiros de
jogos etc;
-Ligar
– pontos;
-Bingo
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6.
Realiza a transcrição literal da numeração falada
|
-Acredita
que a numeração escrita tem uma relação estreita com a numeração falada.
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-Reconhecer que no nosso sistema de numeração o valor
de um algarismo depende da sua posição.
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-Compor
números com a escrita sobreposta;
-Cruzadinhas
de números;
-
Jogo com números móveis “O mais perto possível”.
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7. Faz tentativas do controle do uso do zero
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-Começa a perceber que há uma relação entre a escrita numérica de cada
“família” com a quantidade de algarismos a serem utilizados.
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-Reconhecer que o zero é utilizado como marcador da “posição vazia” em
cada ordem do número em jogo.
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-Ordenar
números de classes e ordens diferentes. Ex: 26.376, 627,10. 427, 6.017, 263,
300.001...
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8.
Apóia-se na escrita convencional utilizando como base a 1ª seqüência de cada
família dos redondos em cada campo
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-Reconhece
a escrita convencional da primeira seqüência de cada “família”.
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-
Que não devem generalizar o que construíram na produção da primeira seqüência
com o restante da serie numérica de cada “família”.
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-Produção
e interpretação de escritas numéricas;
-Jogos
envolvendo comparação de escritas numéricas.
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9.
Apresenta domínio da escrita convencional dos campos numéricos (dezenas,
centenas, milhar, milhão…) esperados para a série que está cursando
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-Percebe
que é aditivo porque o valor do numero e obtido pela adição dos valores que o
algarismo adquire a depender da posição que ocupa
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Ampliar o seu repertório numérico.
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-Atividades
e jogos que favoreçam a generalização dos conhecimentos construídos no campo
numérico atual de domínio para os demais campos.
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o que eu estava precisando
ResponderExcluirmuito agradecida
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