Origem
das fábulas
A fábula, esta história curta,
rápida, é um destes tipos de história de que estamos falando e é contada há
mais ou menos 2.600 anos. Geralmente elas apresentam uma cena, vivida por
animais plantas ou objetos, que falam e agem como se fossem gente.Elas são
contadas ou escritas para dar conselho,para alertar sobre uma situação que pode
acontecer na vida real, para transmitir algum ensinamento, para fazer crítica,
uma ironia, etc. Por isso, muitas vezes, no finalzinho das fábulas, isto é,
quando a história acaba, aparece um dizer destacado, que costumamos chamar de
“moral da história”.
Como as fábulas são tão antigas
quanto as conversas dos homens, não se sabe muito bem se elas foram criadas por
alguém ou se foram contadas de boca em boca pelo povo. De qualquer forma, até
onde podemos saber, elas chegaram na Grécia através de um escravo chamado
Esopo, no século VI antes de Cristo, há 2.600 anos.Nos anos que se seguiam, as
fábulas continuaram a ser contadas e
foram também escritas. Mais tarde, nos anos de 1600(século XVII) o escritor
francês Jean de La Fontaine reescreveu e adaptou as fábulas de Esopo,
escrevendo outras novas.
Muitos outros autores escreveram
fábulas no mundo inteiro. No Brasil, por volta dos anos 1900-1950, um dos
autores mais importantes que reescreveu as antigas e escreveu novas fábulas foi
Monteiro Lobato.
Fonte: Trabalhar com os gêneros do discurso-
FTD
A CIGARRA E AS FORMIGAS
Num belo dia de inverno, as formigas
estavam tendo o maior trabalho para secar suas reservas de trigo. Depois de uma
chuvarada os grãos tinham ficado completamente molhados. De repente aparece uma
cigarra:
- Por favor formiguinhas, me dêem um pouco de
trigo. Estou com uma fome danada acho que vou morrer.
As formigas pararam de trabalhar,
coisa que era contra os princípios delas, e perguntaram:
- Mas por quê? O que você fez durante o verão?
Por acaso não se lembrou de guardar comida para o inverno?
- Para falar a verdade, não tive tempo. -
respondeu a cigarra. - Passei o verão cantando.
-Bom... Se você passou o verão cantando, que
tal passar o inverno dançando ? -
disseram as formigas e voltaram para o trabalho dando risada.
Moral: Os preguiçosos colhem o que merecem.
Fonte:
Fábulas de Esopo
O LOBO E A CEGONHA
Um lobo devorou sua caça tão
depressa, com tanto apetite, que acabou ficando com um osso entalado na
garganta. Cheio de dor, o lobo começou a correr de um lado para outro soltando
uivos, e ofereceu uma bela recompensa para quem tirasse o osso de sua garganta.
Com pena do lobo e com vontade de ganhar o dinheiro, uma cegonha resolveu
enfrentar o perigo. Depois de tirar o osso, quis saber onde estava a recompensa
que o lobo tinha prometido.
- Recompensa? - berrou o lobo. - Mas
que cegonha pedinchona! Que recompensa, que nada! Você enfiou a cabeça na minha
boca e em vez de arrancar sua cabeça com uma dentada deixei que você a tirasse
lá de dentro sem um arranhãozinho. Você não acha que tem muita sorte, seu bicho
insolente? Dê o fora e se cuide para nunca mais chegar perto de minhas garras!
Moral: Não espere gratidão ao mostrar
caridade para com um inimigo.
Fonte:
Fábulas de Esopo
A REUNIÃO GERAL DOS RATOS
Uma vez os ratos, que viviam com
medo de um gato, resolveram fazer uma reunião para encontrar um jeito de acabar
com aquele eterno transtorno. Muitos planos foram discutidos e abandonados. No
fim um rato jovem levantou-se e deu a idéia de pendurar uma sineta no pescoço
do gato; assim, sempre que o gato chegasse perto eles ouviriam a sineta e
poderiam fugir correndo. Todo mundo bateu palmas: o problema está resolvido.
Vendo aquilo, um rato velho que tinha ficado o tempo todo calado levantou-se de
seu canto. O rato falou que o plano era muito inteligente, que com toda a
certeza as preocupações deles tinham chegado ao fim. Só faltava uma coisa: quem
ia pendurar a sineta no pescoço do gato?
Moral: Inventar é uma coisa, fazer é outra.
Fonte:
Fábulas de Esopo
A QUEIXA DO PAVÃO
Chateado porque tinha uma voz muito
feia, um pavão foi se queixar com a deusa Juno.
- É verdade que você não sabe cantar - disse a deusa. - Mas você é tão lindo, para que se
preocupar com isso?
Só que o pavão não queria saber de
consolo.
- De que adianta beleza com uma voz
destas?
Ouvindo aquilo, Juno se irritou.
- Cada um nasce com uma coisa boa. Você
tem beleza, a águia tem força, o rouxinol canta. Você é o único que não está
satisfeito. Pare de se queixar. Se recebesse o que está querendo, com certeza
ia achar outro motivo para reclamar.
Moral:
Em vez de invejar os
talentos dos outros, aproveite o seu ao máximo.
Fonte:
Fábulas de Esopo
O URSO E AS ABELHA
Um urso topou com uma árvore caída
que servia de depósito de mel para um enxame de abelhas. Começou a farejar o
tronco quando uma das abelhas do enxame voltou do campo de trevos. Adivinhando
o que ele queria, deu uma picada daquelas no urso e depois desapareceu no
buraco do tronco. O urso ficou louco de raiva e se pôs a arranhar o tronco com
as garras na esperança de destruir o ninho. A única coisa que conseguiu foi
fazer o enxame inteiro sair atrás dele. O urso fugiu a toda a velocidade e só
se salvou porque mergulhou de cabeça num lago.
Moral: Mais vale suportar um só sofrimento
em silêncio que perder o controle e acabar todo machucado.
Fonte:
Fábulas de Esopo
O MILHAFRE, O FALCÃO E OS
POMBO
Alguns pombos estavam sendo
perseguidos por um milhafre e chamaram um falcão para protege-los. O falcão
começou a trabalhar, mas enquanto fingia cuidar das novas tarefas, traía a
confiança de seus patrões: foram tantos os pombos que ele caçou em dois dias
que nem em quatro meses o milhafre conseguiria alcança-lo.
Moral: Não confie em qualquer um.
Fonte:
Fábulas de Esopo
O
vento e o sol começaram a discutir para saber qual dos dois era mais forte.
Nisso viram um viajante andando pela estrada e combinaram que aquele que
conseguisse fazer o homem tirar o casaco seria considerado o mais forte dos
dois. O vento começou: deu um sopro tão forte que quase arrebentou as costuras
do casaco. Mas o viajante agarrou o casaco com as duas mãos e segurou tão firme
que não adiantou nada o vento continuar soprando até se cansar. Chegou a vez do
sol. Primeiro ele afastou as nuvens das redondezas, depois apontou seus raios
mais ardentes para a cabeça do viajante. Em pouco tempo, frouxo de calor, o
homem arrancou o casaco e correu para a primeira sombra que avistou.
Moral: Mais pode a persuasão que a força.
Fonte: Fábulas de Esopo
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Esopo
Certa manhã, um fazendeiro descobriu que sua
galinha tinha posto um ovo de ouro. Apanhou o ovo, correu para casa, mostrou-o
à mulher, dizendo:
_ Veja! Estamos ricos!
Levou o ovo ao mercado e vendeu-o por um bom preço.
Na manhã seguinte, a galinha pôs outro ovo de ouro,
que o fazendeiro vendeu a melhor preço. E assim aconteceu durante muitos dias.
Mas, quanto mais rico ficava o fazendeiro, mais dinheiro queria. E pensou:
"Se esta galinha põe ovos de ouro, dentro dela
deve haver um tesouro!"
Matou a galinha e, por dentro, ela era igual a
qualquer outra.
Moral: Quem tudo quer tudo perde.
Atividades
1) Responda:
a) Qual é o titulo?
b) Quantos parágrafos possuem no texto?
c)Quem é o autor?
d) Copie do texto uma frase exclamativa.
e) Qual é a moral da história?
2) Marque X no quadradinho correto.
a) Este texto é:
( ) um conto de fadas
( ) uma fábula
b) Certa manhã, um fazendeiro descobriu que sua
galinha tinha posto
( ) um ovo de ouro ( ) um ovo
com gema
c) O fazendeiro vendia os ovos no
( ) Shopping ( ) mercado (
)loja
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